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“Não sei se sou terrivelmente evangélico, mas sou fiel”, diz Bretas

SOCIEDADE.
“É o auge, o topo, uma honra”, comenta o magistrado sobre possibilidade.
A matéria foi publicada no site gospel prime, confira na integra.

Em 2 de junho o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, desembarcou em Brasília para uma conversa sigilosa no Palácio do Planalto com o presidente da República Jair Bolsonaro.

Dois dias antes do encontro, Bolsonaro havia sinalizado pela primeira vez a possibilidade de indicar um “ministro evangélico” para o Supremo Tribunal Federal (STF).


Tão logo a questão foi levantada pelo presidente, o nome do juiz passou a ser especulado para o cargo, pela qualidade técnica e por ser um evangélico praticante, que constantemente faz manifestações de fé nas redes sociais e já chegou a citar trechos da Bíblia em sentenças.

Em reportagem de capa da revista Época, o magistrado diz que “ser ministro do Supremo é uma promoção ao topo da carreira”. Sem comentar o encontro com o presidente da República, Bretas afirma que apesar de não ser um “projeto de vida”, vê como uma “honra” ocupar uma vaga na Corte.

“Se quero ser ministro do Supremo? Olha, não é meu projeto de vida. Agora, sei que ser ministro do Supremo é uma promoção ao topo da carreira. É o auge, o topo, uma honra. Quem ficaria triste com uma promoção dessa?”, questiona.

Marcelo Bretas, André Luiz, advogado-geral da União e William Douglas, juiz da 4ª Vara Federal de Niterói, Rio de Janeiro, são os nomes mais cotados para receberem a indicação para a vaga que abrirá em 2020, com a aposentadoria compulsória do ministro Celso de Mello.


A outra vaga, que abrirá em 2021, com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, deverá ser ocupado por Sergio Moro, atual ministro da Justiça e Segurança Pública.

Sobre a declaração de Bolsonaro, que na semana passada afirmou que deverá indicar um ministro “terrivelmente evangélico” para o STF, Bretas brinca que não sabe se preenche este requisito, mas sabe que é fiel.


“Não sei se sou terrivelmente, mas sou fiel”, disse Bretas aos risos, defendendo o critério apresentado para o cargo.